quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Dor...

Depois do fim, ela sempre me acompanha. Eu juro que tento fugir, mas ela sempre sabe onde me encontrar. Ela sabe exatamente onde é o meu ponto fraco. Nessas horas, percebo que não adianta fugir. Percebo também que as lágrimas não têm pena de mim. É tudo espontâneo. Onde quer que eu vá, com quem quer que eu esteja, onde quer que eu esteja, basta saber que você existe para as lágrimas começarem a sair. Não, não é a sua existência que provoca esse sofrimento em mim, é por você ter cruzado em meu caminho e me ajudar a escrever as páginas mais lindas de uma história que sonhei pro resto da minha vida e que jamais imaginei que ela teria a duração de um vídeo clipe... Ainda deu tempo de fazer trilha sonora. Quando me lembro das canções... Ah, as canções...
Eu não tenho o direito de te querer comigo já que você decidiu não estar mais aqui. Mas, meu coração é traiçoeiro e tem mais força que a minha razão.
Meus amigos sempre falam que isso vai passar. Quer saber a verdade? O que mais dói é saber que eu sou obrigado a deixar passar. Meu sentimento é lindo, é forte e mais importante que tudo: é sincero.
Às vezes, eu queria ser uma pedra. De repente penso que uma pedra atrapalha o caminho e machuca. E eu não quero machucar ninguém. Mas por outro lado, uma pedra é forte, ela em geral ta servindo pra segurar alguma coisa, levantando um pilar, um prédio, uma ponte.
Pra eu ser feliz vou ter que ser duro, forte e viver como se eu não tivesse sentimento?
Eu sou muito transparente, não sei fingir. Por isso a minha vida fica tão diferente quando estou assim. Triste. E essa tristeza causa a maldita dor.
Dor que perturba.
Dor que me deixa vazio.
Dor que tira meu sono, e das vezes que durmo, acordo assustado no meio da noite e é horrível não conseguir voltar a dormir.
Dor que machuca, maltrata.
Dor que simplesmente dói e não pára.

2 comentários:

RAFAEL OLIVEIRA disse...

SHOW BICHO SEU TEXTO...

Luan do Carmo disse...

É como se você escrevesse com aquela voz que sente vontade de gritar - ela sempre fica aprisionada dentro, com você ela sai, externaliza.

Estou ouvindo, pelo menos agora...

"Talvez assim mate a vontade que me trouxe até aqui; mas já que já estamos aqui, sente-se ao meu lado, não é um sacrifício tão grande, não para você, pelo menos. Venha, vamos sentar num meio-fio, não temos aonde ir agora. Acenda um cigarro, ofereça-me um trago, fale-me de sua vida. Como você está? Estou aqui para te escutar, como sempre estive, ou como sempre estive de corpo, mas juro que dessa vez meus pensamentos estão direcionados a ti, eu realmente estou escutando o que tens a me falar, se é que tens alguma coisa. Pode se abrir, me dizer todas aquelas coisas que você sabe que me machucam, não se preocupe com a minha reação, não se preocupe com os meus sentimentos, eu vou ficar em silêncio, só ouvindo, vou sorrir quando nossos olhares se encontrarem, e ainda vou dizer que vai ficar tudo bem, não tenha medo. Hoje coloquei minha máscara, só pra você!"