quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Mesclar de Emoções

São sensações internas, extremas, que poderiam permanecer apenas no meu íntimo. Mas eu sou fraco demais para deixar ficar somente dentro de mim.
A alegria de ter você para mim me faz homem, protetor, sou guardião desse carinho, desse teu jeito, desse teu sorriso, dessa tua boca. Mas saber que agora não estamos juntos, no mesmo quarto, na mesma cama, no mesmo sofá, na mesma praça, vendo o mesmo programa de TV abraçado em sua sala, que não to desfalecendo em teus braços lutando contra o sono pra não perder sequer um segundo desses de quando estou contigo, que são maravilhosos, me deixa triste.
Como fazer pra não ficar dependente?
E será que eu mesmo não quero ser dependente?
Eu não sei de mais nada, só sei que eu não consigo mais ficar longe de ti.
Parece piegas e infantil. Mas eu não sou ridiculamente sentimental.
Eu tinha fechado a porta do meu coração, mas aí você estava ali do meu lado há quatro anos, e sabia de todas as entradas secretas, não fez esforço além de aguardar a oportunidade certa, veio sorrateiramente e pulou pela janela.
Tem morado no meu peito, tem passeado em meu Sistema Nervoso Central deixando-me totalmente fraco ante a ti.
Não consigo estar ao teu lado e resistir o teu corpo por mais de um segundo, não consigo parar de pensar como neste exato momento em que tento adivinhar o que você está fazendo, não consigo olhar no relógio sem pensar na hora que eu vou te ver de novo, na hora em que você vai sussurrar no meu ouvido que me adora.
As emoções se mesclam, se misturam, unindo-se numa tensão, numa ansiedade, um desejo que só vai morrer quando eu tiver você de novo entregue aos meus braços, desfrutando dos meus abraços e saciando a minhaa sede com os teus beijos.
Eu nunca senti isso antes, e se não for amor o que eu sinto por ti, é porque eu não sou capaz de amar.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Desaparecer

Eu aprendi com o passado que nem tudo dura.
Que a gente sobrevive de algum jeito.
Eu tenho certos arrependimentos que não consegui esquecer, mas eu continuo caminhando.
Uma vez que você é tocado pela dor, você passa a ser outra pessoa.
Insegura, receosa, aflita, inquieta...
Uma vez que a dor te toca constantemente você se transforma. Não, não é depressão, a dor te faz uma pessoa confusa.
Vive aqueles momentos em que você finge sorrir, mas um tempo depois as memórias voltam, os arrependimentos retornam, e você não quer desistir.
Eu não sei se existe certo ou errado, eu simplesmente preciso ser forte!
Insisto.
Espero dos outros, o que eu provavelmente daria sem pedir nada em troca.
Me questiono: - Será que gosta de mim?
E cada palavra, cada gesto, cada atitude são envolvidas com uma fita métrica tipo as linhas imaginárias do Meridiano de Greenwich, Trópico de Câncer e eticétera, que foi criada por meus medos dentro da minha cabeça e que eu a uso para determinar a extensão, a altura ou a grandeza, as dimensões dos sentimentos alheios.
E eu me decepciono com isso, não pelo fato de estar mensurando constantemente o nível de sentimentos dos outros, mas pelos resultados insatisfatórios ou pelas conclusões precipitadas.
Eu não sei o que há de errado. Também não sei se tudo isso é certo.
Eu simplesmente preciso ser forte!
Mas por que eu não finjo que nada acontece e simplesmente vivo minha vida sem depender do que eu sou capaz de fazer pra ver alguém feliz do meu lado?
Eu não consigo me responder essa pergunta.
Hoje eu me questionei tanto com os certos últimos acontecimentos em minha vida e não cheguei a lugar algum.
Pisoteei meu orgulho. Massacrei meu ego e to aqui sem sono querendo desaparecer.
Tenho impressão de estar pisando noutro telhado de vidro e que se eu cair, além da queda, vai massacrar meu corpo com os estilhaços de vidro. O que mais me preocupa não é a queda e tão poucos os cortes com vidro, mas as marcas deixadas em minha alma.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Perdido e Salvo

Um Domingo a tarde como outro qualquer, uma promessa de visita que quase não aconteceria por culpa de uma chuva repentina e torrencial.
Um guarda-chuva com estampa de flores azuis foi o que nos protegeu da água que descia do céu no meio da rua enquanto nos abraçávamos.
Um fim de tarde de diálogo. Seria.
Um convite pra deitar no chão, ao meu lado. Foi o suficiente pra me fazer perceber que você tava o tempo todo ali, que eu fui tolo, tonto, lento, perdi tanto tempo.
Minha hiper-atividade, meus gestos repetitivos, meus olhos, minha boca, minha loucura de querer chegar mais perto...
A sensação de primeira vez como se eu nunca tivesse feito aquilo antes.
Os nossos olhos se encontravam na mesma dimensão, a tua boca mesmo sem movimento dizia-me a todo instante que morria de desejo de encostar-se à minha, e a minha boca não precisavam dizer nada.
Subitamente te abracei, com ar de brincadeira e desejo de loucura, te envolvi em meu peito, por que meu corpo ansiava pelo teu calor. Abracei-te.
Era inevitável perceber que um ar de tensão cobria-nos naquele final de tarde chuvoso e frio.
Fitei-te nos olhos e os percebi brilhando como eu nunca havia observado antes.
Acariciei teu rosto, teus lábios, teu queixo, eu quis arrancar as tuas roupas, mas ainda não era hora. Ainda não é a hora.
Eu pensei por um minuto pra saber se era certo o que eu pretendia fazer, não posso te perder, não sei viver sem tua amizade, você é muito importante para mim...
Fechei os olhos e encostei minha boca na tua.
Nossa! Como os teus lábios são macios, como nosso beijo tem um encaixe perfeito, um ritmo, uma melodia que soa em meus ouvidos desde então.
Só eu sei o que significou aquele beijo e eu vou guardar pra sempre esse segredo.
O beijo, nosso beijo, o ritmo, a melodia, a canção que só nós dois sabemos cantar.
Agora sei o que é sentir-se perdido e salvo.
Perdido por que você me roubou de mim e salvo porque a solidão sumiu no vazio que o teu beijo preencheu.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Futilidade One

No traçado do tempo que já caminhei, nas ruas por onde passei, os riscos que sozinho eu corri, as pessoas carismáticas que conheci, dentre tantas outras coisas das quais estão salvas na memória “DDR” de não sei quantos gigabytes na minha cabeça, eis que chego a uma conclusão que talvez, ao seu ponto de vista, precoce demais para o meu pouco tempo de experiência.
É que quando eu falo de amor, na sublime essência da palavra amor, eu penso num castelinho encantado com uma princesa aprisionada, ameaçada por um dragão asqueroso, desesperada necessitando de ajuda.
Talvez eu seja mesmo apenas um sonhador. Mas prefiro ser distinto dos outros, que daqui por diante serão taxados de “fúteis”.
Os fúteis, sim, os fúteis, aqueles que andam por aí dizendo que adora e que ama o outro uma semana após seu primeiro encontro, são os amantes do futuro.
- Eu me revolto, definitivamente, em admitir essa hipocrisia.
Por que o amor é um sentimento bonito, está além da beleza exterior porque é uma magia única que transforma tudo ao seu redor. Quem ama enxerga com os olhos da alma.
Só um fútil percebe os defeitos, ou efeitos da natureza no corpo, na carne, porque olha não com a alma, mas com desejos. Desejo de ter, de possuir, de provar. E esta é a característica mais aguçada de sua espécie.
- Diante dos amantes de hoje, sinto-me lesado.
Eu amo e quero ser amado. Aquela história de que quem ama de verdade não espera nada em troca, simplesmente se doa, é balela. É mentira!
Quem ama quer ser amado, quer ter alguém do lado pra compartilhar as alegrias, as tristezas, as dúvidas, as vitórias, as perdas...
Não posso querer amar, pois o amor acontece e independe de mim, mas é inevitável que eu queira ser amado.
A única coisa que um fútil quer ter de volta é o prazer, por que na cabeça dele, é prazer. Na cabeça de quem ama, é frustração.
O amante verdadeiro realmente se entrega e quase nunca pensa em conseqüências, mesmo que ser inconseqüente não seja uma característica positiva, mas o amante só consegue ser feliz fazendo o outro feliz, doando-se. O que não é o mesmo que viver em função do outro, isso é totalmente diferente do que é ser maduro. Vive-se em função do amor desde que isso não seja sinônimo de infelicidade.
O fútil vive em função do ego. Preocupa-se mais com a quantidade do que com a qualidade. Aproveita o momento de fragilidade do indivíduo para pôr em prática a satisfação do seu desejo. Aproxima-se, usa um perfume atrativo, movido às vezes pela carência de não ter ninguém do lado, pela imaturidade e se diz apaixonado. E essa sua “paixão” acaba assim que sua sede foi saciada.
É neste contexto que descrevo o amor hoje, como a futilidade one (de número um), por ser aquela que mais me incomoda.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Que Me Tornei?

Simplesmente não sei o que faço de mim mesmo.
Eu ando sem sair do lugar, olho sem ver nada. Absolutamente nada.
Eu não sinto mais vontade de viver, não, não quero morrer. Apesar de ser um tanto contraditório, não estou cansado de viver.
Não tenho vontade de chorar.
Não sei o que aconteceu comigo.
Meu ar tá pesado, cada segundo que passa é mais difícil respirar.
Me pergunto a que ponto cheguei... Não encontro as respostas.
Queria ser igual aos outros caras de 21 anos.
Queria ser fútil, oco, irresponsável.
Queria sair e perder a capacidade de distinguir o limite entre o que é certo e o que é errado. Queria levar pra cama depois do primeiro beijo a primeira pessoa com quem eu ficasse na balada. Queria que no lugar do meu coração fosse uma bolsa plástica cheia de testosterona, por que já me cansei dessa vida de menino bonzinho que só se fode no amor. Cansei de medir minhas palavras e não falar palavrão.
Me olho no espelho e vejo e sei que não sou mais o mesmo.
Não sou aquele cara cheio de bom humor e vontade de amar.
Por que acreditar tanto nas pessoas e confiar tanto pra se decepcionar ao ponto de não confiar mais em ninguém? É horrível a sensação de que cheguei ao fim e não tenho um conto de fadas guardado no meu baú de boas recordações.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Junho

Caminhei sozinho nesses últimos meses...
Ninguém segurou em minhas mãos.
Foi difícil, ainda é e nem sei quando deixará de ser.
Mas caminhei sozinho.
Enxerguei meu horizonte com os olhos cheios d’água.
Marquei o meu caminho com pegadas deixadas na areia e gotas que escorriam de meus olhos.
Já é junho.
O vento apagou as pegadas que deixei.
Mas as lágrimas ainda estão por onde andei.
A chuva cai forte sobre o meu telhado e o frio me carrega para os braços da solidão.
Ainda não te esqueci, ainda ouço aquela canção.
Canção aquela que você gostava, canção que a gente ouvia enquanto namorava...
Junho, e você ainda faz visita todos os dias em meu pensamento.
Delonga necessária para esquecer tantos momentos vividos em tão pouco tempo.
Ainda procuro respostas que jamais descobrirei sozinho...
Ainda faço suposições com base nas suas últimas atitudes, seus últimos gestos, seus últimos versos, seus últimos beijos.
Junho, e eu ainda penso em nós dois, em você, em mim, em você, em você.
Penso mais em ti que em mim mesmo e não sei até quando.
Enquanto faço tudo para esquecer-te, eis que lembro-me que estou pensado em ti.
Junho e a chuva e o frio, são amigos fiéis. São inseparáveis.
São como eu e você no início da Primavera passada!
Junho e eu ainda estou preso ao sentimento e os rascunhos que faço.
Perdido nas noites sem sono com papéis rabiscados.
Sinto o teu perfume e toco tuas fotos ao ouvir a canção, aquela canção.
Os dias são vazios.
Dias iguais aos outros tentando não chorar, não sofrer.
Procurando uma maneira silenciosa de não lembrar, pois sempre lembro que tenho que te esquecer quando já me lembrei de ti.

sábado, 6 de março de 2010

A Ponte.

Eu tava aqui pensando em uma maneira de te mostrar algumas coisas.
Mas a troco de quê? Nada!
Pode ir, eu sei que eu fui uma válvula de escape frustrada pra você.
Os meus devaneios e o meu olfato seguiram afinados até que eu tivesse certeza de tudo que pensava sobre você. E eu não estava enganado. Eu te admirava.
Eu passei por uma ponte pra cruzar no teu caminho, e te falei o endereço. E hoje, você deu alguns passos para trás e desfila pela mesma estrada em que eu andei sozinho buscando te encontrar.
Ironia? Destino? Ou pura dissimulação?
“Eu te amo’s” falados repetidas vezes das maneiras mais singelas possíveis só para me seduzir? Será que o interesse primordial era descobrir o caminho da ponte por onde eu passei sozinho?
Cuidado, pelos caminhos que trilhei me machuquei com espinhos...
Tá vendo aquelas curvas? Lá adiante?
Elas são perigosas, eu tombei ali e machuquei o joelho. Não foi grave, poderia ter sido pior. Não quero que aconteça o mesmo com você.
Vai, pode ir em frente. Confia em mim!
Eu jamais desejaria o mal para quem não é nada para mim. Isso mesmo, você é um nada para mim.
Eu perdi tantas noites de sono, andei como um zumbi, deixei que me olhassem chorando, gemendo de dor, tudo isso por ti. E hoje, descobri que você é um nada para mim.
Um dia, você vai cair. Todo mundo cai.
E talvez, você caia na rua por onde caminha agora. Espera, não fica com medo, não muda a direção. Vai em frente. Quem sabe dê certo...
Eu vou ficar aqui fumando o meu cigarro e olhando você sumir no horizonte por que a estrada é comprida.
Não reclame da dor e nem dos espinhos. Eles machucam para abrir feridas que irão sangrar para marcar o caminho. Mas se você ferir outra parte do corpo que não sejam os seu pés, lembre-se das marcas que ficaram no chão e as siga. Certamente elas lhe trarão de volta para casa e eu estarei aqui tomando um copo de vinho.
Não irei bater palmas por sua derrota e tão pouco vibrarei com o abraço em seu destino.
Desculpe-me, eu não estou esperando o seu retorno. O fato de me encontrar aqui na sua volta não significa que eu ansiava por seu retorno.
Apenas cuidei do meu jardim ao invés de buscar as borboletas!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Gene Egoísta e a Arte de Enganar!

Um indivíduo, em face da arte e ciência de pensar, engana o outro da mesma espécie propositalmente ou não?
O ser humano é incerto. Ainda que você viva 20 anos com ele, nunca saberá quem ele é de verdade. Ele titubeia.
Há vezes em que nem você mesmo se conhece.
Não se entregue de corpo e alma a alguém tão depressa e lembre-se de que quando os nossos sonhos vão além das nossas expectativas é irracional lamentar quando chega ao fim (Stephanie Meyer). Todas as pessoas irão nos fazer sofrer. Desde que haja reciprocidade nos sentimentos. Quando sofremos por alguém, pela sua ausência, por sua partida, é simplesmente pelo fato de que aquela pessoa é importante para nós. Na verdade você só precisa decidir por quem está disposto a perder um pouco de sua paz. Essa escolha deve-se dá a partir do momento em que você reconhece que vale a pena sofrer por este alguém, pois percebe não somente nas palavras, por que falar é tão simples como desejar alguma coisa, mas pelas demonstrações de amor e carinho. Não se esqueça de que não se deve entregar-se por completo em tão pouco tempo.
Não faça tantos planos e nem diga tantas coisas, pois vai chegar um momento em que você já disse tudo e nem tem mais o que dizer ou perceberá que não devia ter falado. Não banalize os sentimentos seus.
Tire os pés do chão. Um de cada vez. Porque quando você cair terá sempre um apoiando para que o impacto na queda não seja tão grande, pois quando você se descuida e deixa que os dois pés saiam simultaneamente do solo sob eles, a sensação do encontro ao chão com a queda, é que você nunca mais se levantará.
Os seres humanos sempre estão preocupados com os seus sentimentos, como eu, neste exato momento. A diferença entre nós é que não sou egoísta, ou talvez esteja sendo agora. Acreditar demais deve ser a grande falha, dei valor a quem não merecia tanto, me dediquei muito e tenho a sorte de encontrar pessoas com o gene do egoísmo.
Talvez não sejam atores e atrizes e esta não seja a arte de enganar, talvez eu seja o protagonista, porém não irei me igualar aos vilões. Quem sabe sou o próprio autor de meu enredo, borrei o clímax mas terei um perfeito desfecho.

Estou ouvindo, pelo menos agora...

"Talvez assim mate a vontade que me trouxe até aqui; mas já que já estamos aqui, sente-se ao meu lado, não é um sacrifício tão grande, não para você, pelo menos. Venha, vamos sentar num meio-fio, não temos aonde ir agora. Acenda um cigarro, ofereça-me um trago, fale-me de sua vida. Como você está? Estou aqui para te escutar, como sempre estive, ou como sempre estive de corpo, mas juro que dessa vez meus pensamentos estão direcionados a ti, eu realmente estou escutando o que tens a me falar, se é que tens alguma coisa. Pode se abrir, me dizer todas aquelas coisas que você sabe que me machucam, não se preocupe com a minha reação, não se preocupe com os meus sentimentos, eu vou ficar em silêncio, só ouvindo, vou sorrir quando nossos olhares se encontrarem, e ainda vou dizer que vai ficar tudo bem, não tenha medo. Hoje coloquei minha máscara, só pra você!"