sábado, 25 de dezembro de 2010

Desaparecer

Eu aprendi com o passado que nem tudo dura.
Que a gente sobrevive de algum jeito.
Eu tenho certos arrependimentos que não consegui esquecer, mas eu continuo caminhando.
Uma vez que você é tocado pela dor, você passa a ser outra pessoa.
Insegura, receosa, aflita, inquieta...
Uma vez que a dor te toca constantemente você se transforma. Não, não é depressão, a dor te faz uma pessoa confusa.
Vive aqueles momentos em que você finge sorrir, mas um tempo depois as memórias voltam, os arrependimentos retornam, e você não quer desistir.
Eu não sei se existe certo ou errado, eu simplesmente preciso ser forte!
Insisto.
Espero dos outros, o que eu provavelmente daria sem pedir nada em troca.
Me questiono: - Será que gosta de mim?
E cada palavra, cada gesto, cada atitude são envolvidas com uma fita métrica tipo as linhas imaginárias do Meridiano de Greenwich, Trópico de Câncer e eticétera, que foi criada por meus medos dentro da minha cabeça e que eu a uso para determinar a extensão, a altura ou a grandeza, as dimensões dos sentimentos alheios.
E eu me decepciono com isso, não pelo fato de estar mensurando constantemente o nível de sentimentos dos outros, mas pelos resultados insatisfatórios ou pelas conclusões precipitadas.
Eu não sei o que há de errado. Também não sei se tudo isso é certo.
Eu simplesmente preciso ser forte!
Mas por que eu não finjo que nada acontece e simplesmente vivo minha vida sem depender do que eu sou capaz de fazer pra ver alguém feliz do meu lado?
Eu não consigo me responder essa pergunta.
Hoje eu me questionei tanto com os certos últimos acontecimentos em minha vida e não cheguei a lugar algum.
Pisoteei meu orgulho. Massacrei meu ego e to aqui sem sono querendo desaparecer.
Tenho impressão de estar pisando noutro telhado de vidro e que se eu cair, além da queda, vai massacrar meu corpo com os estilhaços de vidro. O que mais me preocupa não é a queda e tão poucos os cortes com vidro, mas as marcas deixadas em minha alma.

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Estou ouvindo, pelo menos agora...

"Talvez assim mate a vontade que me trouxe até aqui; mas já que já estamos aqui, sente-se ao meu lado, não é um sacrifício tão grande, não para você, pelo menos. Venha, vamos sentar num meio-fio, não temos aonde ir agora. Acenda um cigarro, ofereça-me um trago, fale-me de sua vida. Como você está? Estou aqui para te escutar, como sempre estive, ou como sempre estive de corpo, mas juro que dessa vez meus pensamentos estão direcionados a ti, eu realmente estou escutando o que tens a me falar, se é que tens alguma coisa. Pode se abrir, me dizer todas aquelas coisas que você sabe que me machucam, não se preocupe com a minha reação, não se preocupe com os meus sentimentos, eu vou ficar em silêncio, só ouvindo, vou sorrir quando nossos olhares se encontrarem, e ainda vou dizer que vai ficar tudo bem, não tenha medo. Hoje coloquei minha máscara, só pra você!"