domingo, 24 de abril de 2011

Por Quê?

Por que não ouve minha voz suave, meu tom triste já que quando eu grito não adianta nada?
Eu sei que não sou o dono da razão e que por vezes nem a tenho, mas me perdoa essa mania de não saber passar por cima de pequenas pedras que aparecem em meu caminho... É que se passar por cima delas, eu garanto que uma hora ou outra, todas as pedras que ficaram pra trás se juntarão numa grande montanha a qual cedo ou tarde nos depararemos com ela. É que o mundo dá voltas, ele sempre dá.
Já parou pra pensar sobre as coisas que te peço? Nas dimensões delas? Acredito que não, se fosse pauta de reflexão na vida saberia que não são grandes o suficiente para gerar estes conflitos.
Reclama de minhas promessas não cumpridas, mas as tuas são tão comuns também...
Talvez não levas em consideração por que as tuas promessas falhas são tão pequenas que aos teus olhos não deveriam ser tão importantes pra mim. Mas são!
Não preciso que me dê à imensidão de presente como também não preciso de uma razão totalmente drástica pra remeter o meu drama de reclamações.
Por que é tão fácil me julgar e é tão difícil ver que me deu motivos? Pequenos motivos, talvez, mas os deu!
Eu não sou o rei da maturidade, mas sou o menino que te carrega nos braços quando troca de cama pra não dormir comigo só por que eu te magoei.
Eu não sou o homem liberal que não faz reclamações mas sou o menino que te abraça forte a noite inteira com aquele meu abraço de prisão enquanto a gente dorme.
Eu não sou o cara de vinte e dois anos que não sabe desligar o telefone e ir dormir com aquele clima chato de discussão, mas sou o menino de doze anos que só pensa no teu futuro bom.
Eu não sou aquele cara forte que foge de tudo e cai na diversão, mas sou o menino frágil que não esconde os medos, anseios e lágrimas...
Posso não ser o homem que está sempre certo, mas pelo menos sou o menino que sempre reconhece os seus próprios erros.

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Estou ouvindo, pelo menos agora...

"Talvez assim mate a vontade que me trouxe até aqui; mas já que já estamos aqui, sente-se ao meu lado, não é um sacrifício tão grande, não para você, pelo menos. Venha, vamos sentar num meio-fio, não temos aonde ir agora. Acenda um cigarro, ofereça-me um trago, fale-me de sua vida. Como você está? Estou aqui para te escutar, como sempre estive, ou como sempre estive de corpo, mas juro que dessa vez meus pensamentos estão direcionados a ti, eu realmente estou escutando o que tens a me falar, se é que tens alguma coisa. Pode se abrir, me dizer todas aquelas coisas que você sabe que me machucam, não se preocupe com a minha reação, não se preocupe com os meus sentimentos, eu vou ficar em silêncio, só ouvindo, vou sorrir quando nossos olhares se encontrarem, e ainda vou dizer que vai ficar tudo bem, não tenha medo. Hoje coloquei minha máscara, só pra você!"