segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Estive selecionando as palavras, mas é difícil, não sei o que dizer, muito menos o que deveria fazer, a partir do momento que nem eu sei em que situação eu me encontro. Eu não sei se precisa de mim agora, mas tento sentir que sim, e precisando ou não, eu sinto que preciso estar ao seu lado. E por mais que seja para contemplar o silêncio, quero que esteja ao meu lado. Aquele vazio invade o peito de uma maneira tão inesperada que nenhuma palavra seria capaz de defini-lo, é simplesmente um vazio. Um vazio que nada e nem ninguém é capaz de preencher. Um vazio que dói, que aperta, um vazio que sufoca. E no fundo você está sozinho, eu estou sozinhao, eu sempre fico sozinho e sempre acabo sozinho, nós estamos sozinhos, porque simplesmente é impossível dividir isso com alguém. Nós sabemos que tudo continua, mas por uns instantes parece que o tempo pára, o tempo pára e as histórias se repetem. Você sabe que eu estou aqui, mas eu sei que parece não ter mais ninguém ao meu lado, é como se em volta tivesse o mesmo vazio que tem agora no seu peito.

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Estou ouvindo, pelo menos agora...

"Talvez assim mate a vontade que me trouxe até aqui; mas já que já estamos aqui, sente-se ao meu lado, não é um sacrifício tão grande, não para você, pelo menos. Venha, vamos sentar num meio-fio, não temos aonde ir agora. Acenda um cigarro, ofereça-me um trago, fale-me de sua vida. Como você está? Estou aqui para te escutar, como sempre estive, ou como sempre estive de corpo, mas juro que dessa vez meus pensamentos estão direcionados a ti, eu realmente estou escutando o que tens a me falar, se é que tens alguma coisa. Pode se abrir, me dizer todas aquelas coisas que você sabe que me machucam, não se preocupe com a minha reação, não se preocupe com os meus sentimentos, eu vou ficar em silêncio, só ouvindo, vou sorrir quando nossos olhares se encontrarem, e ainda vou dizer que vai ficar tudo bem, não tenha medo. Hoje coloquei minha máscara, só pra você!"